Frankenstein

Essay by 1561High School, 11th grade April 2003

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Creative Writing

Depois desta comovente descrição da desgraçada vida do monstro que eu criara, não tive coragem de dizer que não. Mas havia um sentimento dentro de mim que dizia que eu devia renunciar ao pedido do monstro. E se houvesse reprodução? E se ela fosse mais terrível ainda? Mas o meu monstro afirmava não ser terrível, não que eu acreditasse! Eu tinha que ceder ao pedido. Não queria pôr em risco mais vidas inocentes, nem a vida dos meus mais amados.

Foi assim que durante os seguintes meses eu dediquei todo o meu esforço e trabalhei incessantemente dia e noite escondido da minha família, a fim de criar a tão desejada companheira do demónio. Sabia que ele observava, com cuidado, todos os meus passos. Sabia que quando ela ganhasse vida ele apareceria para a vir buscar.

Criei-a da altura do monstro, mas por vingança, fi-la ainda mais horrenda que o próprio demónio.

A sua pele era tão fina e transparente, que a cor do seu corpo era um castanho podre, que provinha dos músculos sem vida. Os seus lábios eram carnudos, mas tão disformes que a boca não fechava, e os dentes ora cor-de-laranja, ora pretos. Os cabelos eram pestilentos no coro cabeludo, tornando o tom alourado das pontas num castanho esverdeado. Mas ela tinha uma coisa bonita. Os olhos. Eu próprio que a criei não sei dizer se eram verdes ou azuis. Tentei aperfeiçoar esta parte para não voltar a adoecer quando ela ganhasse vida.

Quando o monstro a veio buscar disse-me que a levaria para uma floresta muito longe, mas eu ainda não confiava nele e resolvi segui-lo até aos confins da terra e observar todos os seus passos. Prometi a Elizabeth que quando voltasse casariamos para sermos finalmente felizes.

Instalei-me na floresta. Para não dar nas...