Mrs Dalloway e "As Horas"
Introdução
Uma nova "era" despontava, gloriosa e revolucionária. A transição do séc. XIX para o séc. XX foi radical e completa. Mudanças irreconhecÃÂveis originaram novos rumos, nos vários campos sociais, polÃÂticos e, especialmente, artÃÂsticos.
No campo das artes, a grande ruptura com a tradição era patente nas mais variadas expressões, dando voz a um novo e inovador movimento artÃÂstico, denominado como "Modernismo". Este abarcou, em si, movimentos de cariz muito diferente, no entanto, com a mesma base, o "novo", a "modernidade". Uns, abraçavam o futuro, daàa serem apelidados de "Futuristas". Outros, por sentirem uma profunda nostalgia em relação ao passado, rejeitavam tudo o que pertencia ao mundo moderno, como algo nefasto, dando expressão, assim, ao "Modernismo Anglo- Americano".
A Revolução Industrial do séc. XIX trouxe uma situação nova a muitos nÃÂveis. Tornou a sociedade inglesa maioritariamente urbana, pelo crescimento inusitado da cidade de Londres.
A geração de transição de século é a primeira que apenas tem conhecimento da realidade urbana. A literatura modernista é, então, a primeira forma literária que enfrenta este facto novo, a "cidade".
O progresso tecnológico, que adveio da Revolução Industrial do séc. XIX, trouxe inovações extremamente válidas e benéficas à sociedade, em geral, mas trouxe consigo também o seu lado nefasto, ao mostrar como a ciência pode ser usada como meio de destruição humana, o que desembocou na 1ê Guerra Mundial. Este acontecimento histórico e jamais esquecido originou "The Great Divide", a grande divisória entre o mundo optimista do séc. XIX e o mundo moderno e tecnológico, mas profundamente pessimista do séc. XX. A civilização cria a tecnologia e depois destrói-se a si mesma. A desilusão e a revolta instalam-se. Na cultura, a imagem que a civilização tinha de si mesma mudou radicalmente.
Para os Modernistas conservadores e...