A NOITE EM QUE SÓ ROBINHO CHOROU

Essay by SilvanusUniversity, Bachelor'sA, December 2008

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A noite em que só Robinho chorouAPRobinho parece não acreditar na desclassificação do Brasil da Copa do MundoA Copa acabou. Para o Brasil. Acabaram-se também as retóricas. Felizmente. A Seleção Brasileira preferiu jogar com as palavras do que com a bola. O hino "show é ganhar" foi entoado por Parreira e jogadores como se tivessem encontrado finalmente a fórmula mágica de blindar críticas. Mas não basta ter convicções. É preciso sustentá-las. Nessa caminhada de 42 dias o carrossel girou muitas vezes, e quase sempre na mesma toada. O time não convencia, mas os discursos internos pisavam de salto alto, de ombros para quem ousasse discordar do coro dos contentes. No ar ficava a velha máxima de que na hora H tudo seria resolvido pela genialidade dos nossos gênios. Mas os nossos gênios, desta vez, não saíram da lâmpada.

Curioso esse mundo do futebol. Alguém tem dúvida de que Ronaldinho Gaúcho é um gênio da bola? Por que então ele não jogou nesta Copa? Por que tínhamos um dos ataques mais "fantásticos" dos últimos tempos, também chamado de quadrado mágico, mas o grande destaque da Seleção Brasileira foi a defesa, o miolo dela.

Lúcio bateu recorde de ausência de faltas. Dida foi soberbo em todas as partidas. E, pior, não só no quesito desarme. No jogo contra a França o melhor passador foi Juan. Como? Sim, Juan. Sem opções na saída de bola, a Seleção Brasileira viu no zagueiro seu principal organizador. O jogador do Bayer Leverkusen foi o destaque com 51 passes. O Brasil chutou apenas duas bolas na direção do gol em 92 minutos. E diga-se de passagem que o criticado Ronaldo, o "baladeiro", com "bolhas" e "gordo", foi um dos poucos que sobreviveu à tormenta nesta competição. Por que Zidane, esse sim o gênio, indiscutível, bailou sozinho pela...